XII Conlab Congresso Luso-Afro-Brasileiro

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MR05 - Sair pelo Mundo: mobilidades, pertenças e reconfigurações familiares

Resumo MR05: O objetivo desta mesa-redonda é refletir sobre processos contemporâneos de deslocamentos de pessoas e famílias em contextos nacionais e transnacionais. As exposições desta mesa-redonda contemplarão estudos recentes de deslocamentos de portugueses de aldeias rurais para o Brasil e Lisboa; de brasileiros para Portugal; e ainda deslocamentos internos em contextos brasileiros. A relevância deste debate é tanto teórica, quanto metodológica. Do ponto de vista metodológico propomos que mesmo quando tomamos pequenas unidades espaciais como unidade de observação etnográfica o foco sejam as ações e interações entre pessoas, como antídoto à vulgarização da identificação da mobilidade com processos de desterritorialização. A proposta é analisar como este fluxo entre aldeias, entre sítios, entre o campo e a cidade, entre cidades e entre países, incide tanto sobre o sentimento de pertença, como sobre os projetos e reconfigurações familiares.

Certificado

Coordenadora: 
Emília Pietrafesa de Godoi 
Depto de Antropologia, Unicamp, Brasil 
emilia.pietrafesa@gmail.com

 

Participantes

Simone Miziara Frangella 
ICS, Universidade de Lisboa, Portugal 
sifrangella@gmail.com

Título da comunicação: O lugar do movimento na construção da pertença territorial: reflexões sobre a migração brasileira para Portugal.

Resumo: Nesta apresentação discuto a mobilidade migratória transnacional e os significados e escalas que ela produz. Baseada nos resultados da pesquisa com migrantes de Goiás em direção a Portugal, tenciono contextualizar o deslocamento transnacional na sua interface com as mobilidades internas desses sujeitos no Brasil, complexificando os sentidos das trajetórias de mobilidade que os constituem enquanto migrantes e enquanto pessoa. Para tanto analiso como as diferentes experiências de habitar os lugares urbanos neste percurso nos informa sobre as apreciações de diferentes escalas espaciais,  interpretações e usos do espaço geográfico e social, sobre os quais os migrantes entremeiam sua rede constante de deslocamentos. Pretende-se uma contribuição para o debate sobre a constituição de sentimentos de pertença e lugar social e político em um fluxo territorial contínuo da migração transnacional.


Diego Amoedo Martínez 
PPGAS, Unicamp, Brasil 
amoedo.diego@gmail.com

Título da comunicação: Os Filhos da Terra

Resumo: Com a expressão “filhos da terra”, os vizinhos de Tourém – aldeia rural fronteiriça do Norte de Portugal com a Galícia, ES – exprimim, através da linguagem do parentesco, o sentimento de pertencimento a um mesmo lugar, a uma terra. Como filhos da terra, os migrantes que saíram da aldeia e que voltam uma vez por ano, no verão, se equiparam com as pessoas que de fato moram na terra. Esse é o objetivo geral de nossa comunicação, refletir acerca das transformações e ressignificações do que é ser um filho-neto da terra. Prestaremos atenção às diferentes terras da migração e às relações que os filhos da terra mantêm com Tourém.


Marilda Ap. Menezes 
UFCG e UFABC, Brasil 
menezesmarilda@gmail.com

Título da comunicação: Trajetórias de migrantes: recomposições e ressignificações das relações no interior das famílias

Resumo: As redes sociais constituídas pela família, vizinhos e amigos têm sido um importante recurso nas trajetórias de vida e trabalho dos migrantes internos e internacionais na construção dos espaços  por onde circulam. Tomaremos como caso de estudo trajetórias de homens e mulheres que deixaram as áreas rurais da Paraíba, região Nordeste do Brasil, nas décadas de 1960 e 1970 para trabalhar e morar na região  industrial do ABC/São Paulo, residindo até o presente momento nessa região. As relações de mutualidade podem ser observadas no acesso ao emprego, moradia, doença, apoio afetivo, cuidado de crianças e outras  necessidades do cotidiano.  Nossa proposta  é compreender como  esses relações se recompõem e se ressignificam nas trajetórias dos migrantes  que  migraram quando jovens e hoje estão com mais de 65 anos.  Para tanto, acompanharemos a trajetória de duas famílias.


Verena Nogueira Sevá 
UFCG, Brasil
verenaseva@gmail.com

Título da comunicação: Sair para comer no mesmo lugar: uma etnografia sobre a territorialidade de famílias camponesas

Resumo: O objetivo desse trabalho é compreender a conformação da territorialidade de famílias camponesas que têm suas terras no sul do estado da Bahia, no Brasil, e que se deslocam para outros estados brasileiros, em busca de melhores condições de vida. Por meio da movimentação espacial das famílias, das redes de relacionamento tecidas entre os lugares para os quais se movem, e das trocas que ocorrem entre as pessoas que se espalham pelos diversos espaços físicos, delineia-se uma configuração territorial que transborda os limites físicos das terras familiares (da fazenda). Propõe-se interpretar a fazenda familiar como uma “Casa” camponesa, a partir da qual uma parentela se agrupa, se organiza e se reproduz imersa num território móbil.

Ficheiros Anexos

Certificado MR 05
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Última actualização 2017-01-27