XII Conlab Congresso Luso-Afro-Brasileiro

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MR37 - Corporeidades e territorialidades negras e africanas

Resumo MR37: A mesa redonda ora constituída possui o desafio de tratar da temática voltada para as corporalidades que persistem nas coletividades negras e/ou africanas instauradas nos fluxos das diásporas para o Brasil como para a Europa. Tal temática será revisitada por pesquisadores oriundos de diferentes enquadramentos teóricos, metodológicos, cujo enfoque envereda pelas relações étnico-raciais, passando pelas concepções de gênero e declinando pela diversidade das expressões culturais. As chamadas corporeidades e territorialidades da expressão negra quer no Brasil, África e Europa, podem ser encontradas nas religiões, nas línguas e nas artes, na formação de comunidades negras (quilombos, palenques, garifunas), nos movimentos abolicionistas, nos movimentos sociais originados no século XX, nas migrações africanas atuais de comerciantes, estudantes e trabalhadores(as), na recepção de músicas africanas, nas reflexões e celebrações do Dia da África entre outros contextos sociais. O encontro das reflexões efetuadas por estes pesquisadores proporcionará fecundos caminhos no intuito de compreender mais profundamente os significados, as racionalidades, o contraditório que se encontra presente no interior do “saber fazer” das coletividades negras e africanas.

Certificado

Participantes:

Álvaro Roberto Pires
Universidade Federal do Maranhão (UFMA/Brasil) 
logunede@uol.com.br

Título da comunicação: Diante de um paradoxo? O Alto da Cova da Moura, comunidade negra, territorialidade corporal, saber-fazer político

Resumo: As coletividades negras e/ou africanas inseridas em diversos contextos sócio-culturais no Brasil como nos países pertencentes a União Europeia, trazem no interior dos fluxos fomentados pela diáspora as corporalidades e territorialidades que são determinantes para a formação de seu “ethos”. O binômio língua/linguagem, a formação de comunidades negras, as atitudes voltadas para a superação dos desequilíbrios sociais, raciais, são alguns dos determinantes que estruturam a teia de relações encontradas nas coletividades negras e africanas de cá e de lá. Esta comunicação pretende tratar  dos imigrantes dos PALOP instalados na comunidade da Cova da Moura, arredores de Lisboa, cuja trajetória social e política tem exposto o contraditório das intenções e ações do Governo português a respeito do racismo e da dicotomia inclusão/exclusão na sociedade lusitana.


Alecsandro José Prudêncio Ratts (Alex Ratts)

Universidade Federal de Goiás 
alex.ratts@uol.com.br

Título da comunicação: O corpo negro/africano-brasileiro em perspectiva interseccional

Resumo: Uma abordagem do corpo negro/africano-brasileiro em três seções: 1. Entre a invisibilidade e os estereótipos; 2. Numa expressão cultural negra católica; 3. Na corporeidade de um ator e bailarino que traz elementos masculinos e femininos.


Clara Saraiva

FCSH Universidade Nova de Lisboa
clarasaraiva@fcsh.unl.pt

Título da comunicação: Santos, ervas e curas nos cultos afro-brasileiros em portugal

Resumo: Em Portugal a liberdade religiosa consagrada institucionalmente na Constituição e alimentada na prática pela intensificação da imigração diversificada para o país, permitiu que com o tempo se fossem implantando casas de cultos de Umbanda e Candomblé, ascendendo actualmente acerca de 40 o número de terreiros no país. O crescimento no número de adeptos nos últimos 20 anos deve-se, em parte, à atracção que os portugueses sentem pelo exotismo presente em tais rituais, que no entanto permite a continuidade da relação com as crenças católicas e as definidas como pertencendo ao mundo da “religiosidade popular”. Uma das razões que os leva a esses cultos são as terapias e possibilidades de cura que são oferecidas, quer para padecimentos do corpo, quer para “os da alma”. Esta comunicação explorará alguns desses aspectos, nomeadamente a lógica da transnacionalidade presente nestas terapias, em que, além dos líderes religiosos, terapeutas, plantas, e “mézinhas” que atravessam o Atlântico, do Brasil a Portugal,  também se efectuam consultas através do telefone ou de correntes mediúnicas transatlânticas.


Paulo Jorge Vieira

Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

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Última actualização 2017-01-27